O Paço Municipal de Porto Alegre, também conhecido como Prefeitura Velha, é a sede da prefeitura da capital do estado do Rio GRande do Sul, e é um dos seus mais característicos e importantes prédios históricos.
Foi construído para ser a sede da Intendência de Porto Alegre, que até então funcionava em diversos espaços alugados no centro. Eleito pelo Partido Republicano em 1897, José Montaury comprometeu-se com a construção de uma sede definitiva para o Executivo local. Para tal, foi necessário o aterro da Doca do Carvão e a venda de terrenos municipais a fim de levantar fundos para a obra.
O primeiro projeto para a Intendência foi do Engenheiro Oscar Muniz Bittencourt, mas devido a ponderações de ordem política o projeto foi vetado e encomendou-se um novo desenho ao veneziano João Antônio Luiz Carrara Colfosco. A pedra fundamental foi lançada em 5 de abril de 1898, e a construção iniciou em 28 de setembro deste mesmo ano. Foi concluído em abril de 1901, sendo ocupado a partir de 15 de maio pelo Conselho Municipal, a Secretaria, a Contabilidade, a Tesouraria e Arrecadação, além do Arquivo, da Inspetoria de Veículos, da Assistência Pública e do primeiro Posto Policial, com sua respectiva cadeia. O custo final da obra chegou a 500 contos de réis, e a maior parte dos materiais empregados proveio da própria Porto Alegre.
O edifício reflete o gosto pela monumentalidade vigente na época, e segue um estilo eclético derivado de padrões neoclássicos, e influenciado por diretrizes Positivistas, como se percebe pela estatuária alegórica na fachada. No grupo à direita, junto à avenida Borges de Medeiros, a figura central representa a Liberdade, a da direita representa a História; o busto de Péricles, a Democracia; a figura da esquerda representa a Ciência. A figura central do grupo colocado próximo à rua Uruguai representa a Agricultura, a da direita representa o Comércio e a da esquerda figura a Indústria. Em acréscimo, estátuas isoladas que representam a Justiça e a República. Na fachada frontal existem bustos de José Bonifácio e do Marechal Deodoro da Fonseca. No centro encontra-se o Brasão da República.
O emprego de ordens clássicas não impediu adaptações criativas e simbólicas dos padrões estilísticos tradicionais. Por exemplo, a ordem dórica no térreo representa o Poder, e a coríntia, ao alto, fala da Harmonia e da Justiça. O corpo do prédio tem volumetria movimentada, tripartida, com elementos angulares que se projetam à frente. Todas a quatro fachadas são decoradas com cuidado, embora a estatuária e maior ornamentação se concentrem na fachada principal, onde também se eleva uma pequena torre central. Janelas em edícula com tímpanos, platibandas, balaustradas, embasamento simulando pedra rústica, e grandes leões nas escadarias laterais da frente contribuem para acentuar a beleza e interesse do conjunto.
O edifício foi tombado pelo município em 21 de Novembro de 1979 e passou por uma reforma total em 2003, adaptando-se diversos espaços internos para exposições de arte e para guarda do acervo artístico da Prefeitura.
No largo à sua frente está instalada a Fonte Talaveira de La Reina, doada pela colônia espanhola em homenagem ao centenário da Revolução Farroupilha, também um monumento tombado que, infelizmente, já foi depredado diversas vezes e já não mostra seus peixes ornamentais em cerâmica.
Referências:Franco, Sérgio da Costa. Guia Histórico de Porto Alegre. Porto Alegre: Editora da Universidade (UFRGS) / Prefeitura Municipal, 1988.
Foi construído para ser a sede da Intendência de Porto Alegre, que até então funcionava em diversos espaços alugados no centro. Eleito pelo Partido Republicano em 1897, José Montaury comprometeu-se com a construção de uma sede definitiva para o Executivo local. Para tal, foi necessário o aterro da Doca do Carvão e a venda de terrenos municipais a fim de levantar fundos para a obra.
O primeiro projeto para a Intendência foi do Engenheiro Oscar Muniz Bittencourt, mas devido a ponderações de ordem política o projeto foi vetado e encomendou-se um novo desenho ao veneziano João Antônio Luiz Carrara Colfosco. A pedra fundamental foi lançada em 5 de abril de 1898, e a construção iniciou em 28 de setembro deste mesmo ano. Foi concluído em abril de 1901, sendo ocupado a partir de 15 de maio pelo Conselho Municipal, a Secretaria, a Contabilidade, a Tesouraria e Arrecadação, além do Arquivo, da Inspetoria de Veículos, da Assistência Pública e do primeiro Posto Policial, com sua respectiva cadeia. O custo final da obra chegou a 500 contos de réis, e a maior parte dos materiais empregados proveio da própria Porto Alegre.
O edifício reflete o gosto pela monumentalidade vigente na época, e segue um estilo eclético derivado de padrões neoclássicos, e influenciado por diretrizes Positivistas, como se percebe pela estatuária alegórica na fachada. No grupo à direita, junto à avenida Borges de Medeiros, a figura central representa a Liberdade, a da direita representa a História; o busto de Péricles, a Democracia; a figura da esquerda representa a Ciência. A figura central do grupo colocado próximo à rua Uruguai representa a Agricultura, a da direita representa o Comércio e a da esquerda figura a Indústria. Em acréscimo, estátuas isoladas que representam a Justiça e a República. Na fachada frontal existem bustos de José Bonifácio e do Marechal Deodoro da Fonseca. No centro encontra-se o Brasão da República.
O emprego de ordens clássicas não impediu adaptações criativas e simbólicas dos padrões estilísticos tradicionais. Por exemplo, a ordem dórica no térreo representa o Poder, e a coríntia, ao alto, fala da Harmonia e da Justiça. O corpo do prédio tem volumetria movimentada, tripartida, com elementos angulares que se projetam à frente. Todas a quatro fachadas são decoradas com cuidado, embora a estatuária e maior ornamentação se concentrem na fachada principal, onde também se eleva uma pequena torre central. Janelas em edícula com tímpanos, platibandas, balaustradas, embasamento simulando pedra rústica, e grandes leões nas escadarias laterais da frente contribuem para acentuar a beleza e interesse do conjunto.
O edifício foi tombado pelo município em 21 de Novembro de 1979 e passou por uma reforma total em 2003, adaptando-se diversos espaços internos para exposições de arte e para guarda do acervo artístico da Prefeitura.
No largo à sua frente está instalada a Fonte Talaveira de La Reina, doada pela colônia espanhola em homenagem ao centenário da Revolução Farroupilha, também um monumento tombado que, infelizmente, já foi depredado diversas vezes e já não mostra seus peixes ornamentais em cerâmica.
Referências:Franco, Sérgio da Costa. Guia Histórico de Porto Alegre. Porto Alegre: Editora da Universidade (UFRGS) / Prefeitura Municipal, 1988.